Projeto desenvolvido pela ADRA/UNOB
Partir de Manaus e enfrentar 160 quilômetros, divididos entre terra e água para atender comunidades ribeirinhas foi a realidade de um grupo de voluntários que decidiu abrir mão do conforto para levar saúde e esperança a pessoas que vivem com o mínimo. Durante o último fim de semana, entre os dias 09 e 12 de fevereiro, desprendimento e satisfação foram apenas alguns dos sentimentos experimentados na Missão Manacapuru, liderada pelo Pr. Landerson Santana, departamental da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais na União Noroeste Brasileira.
Saindo de Manaus, após uma viagem de 84 quilômetros até o município de Manacapuru, deixaram-se os carros e passaram à única forma possível para continuar o percurso: o transporte fluvial. Acomodados na embarcação Jessie Halliwell, um pequeno barco com motor de popa que anda com boa velocidade nos rios, os voluntários enfrentaram quase duas horas de viagem pelo enorme Rio Solimões para chegar ao seu primeiro destino: Comunidade Rosa de Sarom, às margens do Rio Manacapuru.
Rosa de Sarom é pequena e é uma das muitas comunidades assistidas pela ADRA – Regional Amazonas. Na localidade a energia elétrica é fornecida por meio de bombas que funcionam somente à noite. Durante o dia, o trabalho agrícola e a pesca são as atividades predominantes dos adultos, enquanto as poucas crianças e adolescentes estudam em uma pequena escolinha localizada bem ao lado da igreja adventista.
O atendimento médico, laboratorial e odontológico que a equipe de voluntários levou até Rosa de Sarom atraiu pessoas de comunidades vizinhas que atracavam seus barcos levando seus filhos, muitos deles, a se consultarem pela primeira vez com um médico. Com a participação do Dr. Rafael Amaro e Dr. Aníbal Simões (que além de médico também é bioquímico), as consultas e exames fluíram em bom número. Os atendimentos feitos por acadêmicos de medicina, enfermagem e nutrição levaram informações próprias para aquelas pessoas, fazendo com que elas continuem tomando os devidos cuidados com a saúde de maneira simples e eficiente. A aplicação de flúor também foi sucesso entre as crianças que se encantaram por terem aprendido a fazer uma escovação correta e por ganharem escova e creme dental.
No domingo, dia de retornar à Manaus, foi visitada uma segunda comunidade, a Vila São Jorge, às margens do Membeca, um dos afluentes do Rio Manacapuru. Com uma chuva insistente, típica do período de inverno amazonense, os atendimentos foram menores, mas o suficiente para movimentar a vila durante toda a manhã.
Todos ganham com essas atividades, tanto os que atendem quanto os atendidos. Há muito que aprender com essa população da Amazônia, que vive isolada em meio à imensidão da floresta, que não teme seus perigos, trabalha muito e vive com pouco, que não tem luxo, mas que dispõe de uma enorme riqueza natural e que, acima de tudo, apesar das dificuldades, não tira o sorriso do rosto. Tudo para essas comunidades atendidas foi motivo de agradecimento e atração social, já que em pouquíssimas oportunidades podem se relacionar com outras pessoas como quando alguém os visita.
A acadêmica de nutrição Cristine Hassam, que já participou de outros mutirões de saúde explica que “cada missão é diferente uma da outra e deixa uma saudade diferente. E Deus em primeiro lugar sempre”.
Além de levar saúde a uma gente que realmente precisa desse cuidado, os voluntários levaram também um pouco de Jesus através da mensagem da Grande Esperança. O advogado, Paulo Agner, que sempre participa dessas missões por ser membro atuante da ONG Salva Vidas Amazônia, desempenhou durante esses dias o papel de obreiro bíblico. Ele declarou que “é com grande amor e satisfação que faço bom uso do meu tempo nas missões médico-missionárias e evangelísticas aonde quer que o Espírito de Deus me impressione a ir. Fiquei muito feliz e grato a Deus por participar dessa missão no Rio Manacapuru.
Quando recebi o convite para participar dessa missão compartilhei a novidade na Associação Central Amazonas, com os pastores José Alves, Raildes Nascimento e Paulo Chaves, que oraram comigo e me deram total apoio, além de materiais impressos para evangelizar as comunidades ribeirinhas”. Com o material recebido o advogado contou com a ajuda do líder da comunidade Rosa de Sarom para fazer a distribuição de kits evangelísticos: livros A Grande Esperança, 27 estudos bíblicos ‘Ouvindo a Voz de Deus’, DVD’s evangelísticos e folhetos em todas as residências da comunidade de São Jorge, no Membeca.
Ele contou ainda que “mesmo debaixo de chuva, em trilhas escorregadias no meio do mato, com lama e em casas flutuantes todos foram visitados. Enquanto nossa equipe da área de saúde fazia as consultas e tratamentos no posto de saúde da comunidade, nós fazíamos as visitas de casa em casa, abordando os temas dos oito remédios naturais e gratuitos de Deus, entregando o kit de materiais. Visitamos pessoas de muitas denominações que aceitaram os kits evangelísticos e se comprometeram a estudá-los por completo para quando voltarmos a essa comunidade, fazermos uma revisão geral de todos os estudos bíblicos”.
A equipe de evangelismo continuará assistindo essas comunidades através de palestras onde serão abordados os princípios pregados pelos adventistas por meio da prevenção e cura de enfermidades, utilizando de forma correta os Oito Remédios de Deus, e após essas palestras, iniciará o evangelismo com estudos bíblicos.
Colaboradora:
Jeane Barboza
Fonte: www.unob.org.br
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