sábado, 26 de dezembro de 2015

POR QUE CRISTO NASCEU?

“Por que Cristo nasceu?” Essa pergunta veio à minha mente dezenas de vezes durante a infância e adolescência. Como cresci em um lar cristão, logo aprendi que Jesus é Deus e existe desde a eternidade, ou seja, bem antes de sua encarnação. Então, por que ele decidiu nascer em Belém?

Pare um pouco, e imagine se Mukesh Ambani, o proprietário da que é considerada a casa mais cara do mundo, deixasse sua mansão e fosse morar com seus compatriotas indianos que vivem abaixo da linha da miséria. Detalhe: a residência da família Ambani está avaliada em 2 bilhões de dólares e conta com 27 andares, 37 mil m2 de construção, nove elevadores, estacionamento para 168 veículos, três heliportos, ginásio, cinema, piscinas, salões de festa, três andares de jardim interno e uma equipe de 600 funcionários.

Tenho a impressão de que essa atitude de “encarnação” repercutiria na mídia internacional, e as pessoas, perplexas, não deixariam de perguntar: “Por que ele fez isso?” Essa é apenas uma pálida ilustração do que ocorreu há pouco mais de 2 mil anos em Belém. O nascimento de Jesus causou um estado de estupefação em todo o Universo, menos na Terra!

Um olhar mais atento para o nascimento de Jesus, facilitaria nossa compreensão sobre a infinita humilhação a que ele se submeteu. Afinal, conforme nos lembra o escritor Philip Yancey em seu livro
O Jesus Que Eu Nunca Conheci, “o criador de todas as coisas encolheu-se além da imaginação, tanto, tanto, tanto, que se tornou um óvulo, um simples ovo fertilizado, quase invisível, um óvulo que se dividiria e se multiplicaria até que um feto fosse formado”.

EM BUSCA DA RESPOSTA

Cada vez que eu participava de um programa de Natal na igreja, a questão sobre a razão do nascimento de Jesus ressoava em mim como um trovão, deixando-me inquieto. Ficava observando o movimento dos personagens e, apesar de conhecer bem a história, aguardava com ansiedade o momento em que alguém soltaria a gravação de um bebê chorando, para que, logo em seguida, uma luz especial atraísse nossa atenção para um casal que se deslumbrava com o filho recém-nascido.

Absorvido pelo encanto do momento, às vezes eu não percebia que se tratava apenas de um boneco enrolado em panos, deitado sobre uma manjedoura improvisada para a encenação e sob os olhares de alguns animais, inanimados.

A pergunta sobre a razão do nascimento de Jesus gera inquietação porque, numa primeira leitura, ela parece destituída de sentido ou mesmo de bom gosto. Por exemplo, se me perguntassem: “Por que você nasceu?” Automaticamente, eu pensaria em uma série de explicações, apesar de considerar a pergunta absolutamente irrelevante ou mesmo inconveniente. Mas no caso do Filho de Deus, não parece ter sido tão simples assim. Uma resposta apressada apenas demonstraria que a pergunta não foi levada suficientemente a sério.

Aprendi muito cedo que uma resposta óbvia a essa pergunta diz respeito à entrada do pecado no mundo. Ainda assim, ela me parecia muito genérica. Depois de adulto, tive uma compreensão mais clara dos desdobramentos de seu nascimento e, por extensão, de suas próprias razões. Gostaria de sintetizá-las em cinco pontos.

CINCO DESDOBRAMENTOS

Ele nasceu para se identificar com você. Teria sido muito mais fácil se Cristo tivesse vindo ao mundo como adulto, mas a Bíblia diz que “convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos” (Hb 2:17). Em outras palavras, Jesus veio para se identificar conosco em todos os sentidos.

Ele nasceu para viver por você. A vida dele é o modelo para a nossa. Por isso, Jesus disse certa vez aos discípulos que eles deveriam se amar tendo como referência o amor do Mestre (Jo 15:12). Nessa linha, Paulo usou o exemplo da encarnação de Cristo para descrever a atitude de humildade e serviço que deveria caracterizar a igreja.

Ele nasceu para morrer por você. Em função da entrada do pecado no mundo, existe uma sentença de morte pronunciada contra a humanidade (Gn 2:17; Ez 18:4, 20), porque todos pecaram (Rm 5:12). Mas o ser humano não quer morrer; ele teme a morte (Hb 2:15). Então, Jesus decidiu morrer em nosso lugar (Hb 2:9). Você e eu merecíamos a morte eterna. Além disso, a morte de Jesus trouxe outro benefício para o Universo: a vindicação do caráter de Deus. Se você quer saber como Deus é, olhe para Jesus. Conforme Charles Stanley afirmou, “a grande notícia do cristianismo não é apenas que Jesus é igual a Deus, mas que Deus é igual a Jesus” (citado por Ed René Kivitz, no livro Vivendo Com Propósitos). A morte de Jesus demonstrou que eram falsas as alegações de Satanás quanto ao caráter de Deus (Jo 3:16). Na cruz ficou provado quanto Deus é bom e Satanás é mau.

Ele nasceu para você renascer. A vida e a morte de Jesus tornaram possível o novo nascimento. A Bíblia diz que aquele que está em Cristo é nova criatura (2Co 5:17). Essa é uma excelente notícia para ser comemorada no Natal. Ao falar sobre esse tema ao jovem Tito, Paulo fez menção do “lavar regenerador e renovador do Espírito”, que o Pai “derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo” (Tt 3:4-6; grifos acrescentados). Por essa razão, Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (Jo 10:10).

Ele nasceu para levar você para a casa do Pai. Chamou minha atenção nesses dias um comercial alemão sobre o Natal o qual repercutiu na internet. O objetivo do vídeo é mostrar a importância de se passar tempo com a família. O ponto alto é uma cena em que todos estão reunidos à mesa, saboreando a ceia de Natal e desfrutando da companhia uns dos outros. Ele termina com a mensagem: “É hora de voltar para casa”. O quadro final, de uma família reunida, me lembrou da promessa de Cristo sobre a casa do Pai (Jo 14:1-3) e o convite dele para a ceia das bodas do Cordeiro (Ap 19:9). Neste mundo em que muitos não podem aproveitar de uma mesa farta, e sofrem de fome e sede material e espiritual, a mensagem do Apocalipse é para todos: “Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida” (Ap 22:17).

Fonte: www.revistaadventista.com.br

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Um comentário:

  1. A closer look at the birth of Jesus would facilitate our understanding of the infinite humiliation to which he submitted.

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