Brasília, DF… [ASN] Foram inúmeras as passeatas e movimentos que agitaram várias cidades e capitais brasileiras, além de outros sete países sul-americanas no sábado, 27 de agosto, ponto alto da campanha Quebrando o Silêncio. Este projeto, criado pela Igreja Adventista para todo o mundo, há 10 anos, visa acabar com a violência em todos os seus aspectos. Neste ano, o foco é o bullying, prática de colocar apelidos e fazer zombarias, que é frequente em escolas e até dentro de casa.
Na capital do Estado de São Paulo, centenas de pessoas com cartazes se reuniram na Avenida Paulista. O protesto ocupou o vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e depois uma faixa da avenida. Movimento semelhante aconteceu em Manaus, capital do Amazonas, onde cerca de cinco mil pessoas participaram de uma caminhada para alertar a população sobre os males do bullying. O evento teve o apoio da Prefeitura da cidade e foi responsável pela distribuição de 25 mil folhetos e revistas sobre o tema.
Na cidade de Cascavel, no Paraná, corais de Escolas Adventistas empolgaram as pessoas que assistiram as manifestações contra o bullying. Centenas de folhetos informativos com orientações de como os pais podem identificar se seus filhos estão sofrendo algum tipo de abuso foram distribuídos.
No Ceará, a manifestação ocupou as ruas centrais da capital, Fortaleza, com centenas de crianças, principais vítimas do bullying, alertando sobre o problema. Além dos folhetos entregues à população, assistentes sociais, pedagogos e advogados tiraram dúvidas da população sobre o assunto. A cidade de Arapiraca também foi palco de passeatas do Quebrando o Silêncio. Em outro estado nordestino, a Bahia, a Escola Adventista de Santo Antônio de Jesus realizou um movimento na praça Renato Machado, para chamar a atenção da comunidade contra a prática do bullying nas escolas da cidade.
Todas as manifestações foram amplamente divulgadas pela imprensa, com destaque para Globo.com, Agência Brasil, Notícias Amazonas, O Paraná, Globo Ceará, O Povo (Ceará), São Paulo Diário, SP TV (Globo), portal Amazônia.com, Bahia e Recôncavo, Correio do Estado (SP), entre outros.
Dados sobre o bullying - O bullying acontece quando uma pessoa zomba da outra, dando apelidos, constrangendo ou fazendo brincadeiras que machucam (podendo chegar à agressão física, inclusive) e entristecem. As vezes, essa agressão ganha espaço na internet, aparecendo em sites de relacionamento, como o Orkut, You Tube, MSN, Skype, Facebook, Twitter e outros. Nesse caso, a pessoa é ridicularizada e tem seu nome exposto de maneira agressiva. Isso ganha o nome de Cyberbullying e é tão ofensico quanto o bullying direto.
Dados da pesquisa Bullying escolar no Brasil, publicada em 2010 pela ONG Plan Brasil, mostram que no país cerca de 70% dos estudantes dizem já terem presenciado cenas de violência em suas unidades de ensino. Ainda de acordo com o levantamento, quase metade dos estudantes do Sudeste do País (47%) já viu algum colega sofrer bullying, definido como uma agressão feita de forma sistemática, praticada pelo menos três vezes contra a mesma pessoa num mesmo ano. [Equipe ASN – Márcia Ebinger]
Fonte: ASN Notícias
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