quarta-feira, 7 de setembro de 2011

VOCÊ QUER SER FELIZ OU TER RAZÃO?


Não há ser humano que não tenha complicações ou lutas em sua personalidade. Alguns têm dificuldades muito maiores que outros. Algumas pessoas são mais fáceis de relacionar-se do que outras. Algumas são realmente muito complicadas, seja por causa de um temperamento agressivo, excessiva dependência, muito fechada e defensiva, etc. As boas novas é que podemos ser mudados para melhor. Ainda que seja verdade que permaneceremos sempre com o mesmo temperamento básico com o qual nascemos. Existe uma flexibilidade possível e com isso a possibilidade de sermos feitos pessoas mais fáceis de conviver, mais amáveis (possíveis de ser amadas) e mais amoráveis (capazes de amar).
Um dos comportamentos rígidos que prejudica os relacionamentos com os outros tem que ver com aquele tipo de pessoa que o mais importante para ela é ter que ter razão, ter que estar certa o tempo todo, ter que não falhar, quer demasiadamente ser justa.
Interessante pensamento do sábio rei Salomão diz: “Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo” Eclesiastes 7:16. O que ele está dizendo aqui é que uma pessoa pode destruir a si mesma por ser e permanecer rígida, mesmo tentando ser justa e sábia. É o tipo de pessoa super-racional que por ser tão racional, deixa de lado o aspecto emocional em seus relacionamentos sociais, causando até alguma desordem psicossomática em si mesmo, ou seja, a mente sofrendo faz o corpo sofrer.
Não ser demasiadamente justo ou sábio não significa comprometer-se com princípios que devem ser vividos pela pessoa. Não significa que ela irá transgredir valores importantes para sua vida. Significa que ela poderá permanecer dentro de seus princípios éticos e morais de vida sendo flexível. Isto é possível. E ela precisará descobrir isto, ao invés de permanecer dura demais consigo e com os outros.
Algumas destas pessoas gostam de discutir para provar que têm razão. Ter razão para elas é mais importante do que manter relacionamentos saudáveis, afetivos, amistosos. Elas podem perder boas amizades, bons negócios, e sua saúde (hipertensão arterial, dor de cabeça, dor nas costas, enxaqueca, etc.) por manterem esta postura de ter que ter razão.
Este tipo de problema comportamental é comum, por exemplo, em casamentos nos quais um cônjuge é mais desligado dos detalhes enquanto que o outro é super-detalhista. Exemplo: o casal foi a uma festa e dias depois, ao comentar com amigos sobre a mesma, o cônjuge não detalhista diz: ?A festa estava ótima! Tinha tanta gente! Tinha umas 80 pessoas! Adorei!?. Imediatamente o cônjuge detalhista corrige e diz: ?Não é assim! Não tinha 80 pessoas! No máximo deveria ter umas 35!?.
Imagine esta pessoa corrigindo toda hora a conversa para tentar ser justo! Vai criar, com isto, irritação e desprazer porque este tipo de pessoa está mais preocupado com os detalhes do que com a interação afetiva social.
Em várias coisas na vida precisamos pensar e decidir sobre o que é melhor: ser feliz ou ter razão? Abrir mão dos detalhes perfeccionistas permite valorizar o lado afetivo dos relacionamentos, inclusive consigo mesmo. É possível ser feliz, crer no que você crê, não abrir mão dos seus princípios, e não ter que provar que você está certo e com a razão.
Se a outra pessoa exagera em coisas fora da realidade, não tente corrigi-la, controlá-la, mudá-la. Deixe-a ser como ela é. Relaxe. Desfrute o que há de bom no relacionamento. Vale à pena brigar para ter razão? Vale à pena ter crise hipertensiva, dor de cabeça, ou outro sintoma como conseqüência da irritação porque a outra pessoa não é exata? Você quer ser feliz ou ter razão?

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