O primeiro programa de rádio foi gravado na sala pastoral do prédio em construção da Igreja Adventista do 7º Dia, de Miraguaí, RS. Equipamentos: uma velha “eletrola” à pilha para rodar os discos e um pequeno gravador portátil. Acústica? Nenhuma! Microfone? Nem pensar! Era só “chegar mais perto” do gravador.
Amilton Luis de Menezes, 17 anos completados naquela semana, ligou o gravador e o velho toca-discos. Ouviu-se o hino-prefixo “Aqui Chegamos Pela Fé”. Diminuiu o volume da música e, meio apavorado, falou: “Todos somos jovens. Somos jovens em Cristo. Está no ar o programa A Voz da Mocidade, dos Jovens Adventistas do Sétimo Dia de Miraguaí.”
A primeira carta pedindo cursos bíblicos chegou quase um mês depois do primeiro programa. Vieram mais de 40 mil até agora.
A sede do programa começou em um galinheiro desativado, passou pelo quarto de solteiro do apresentador e, numa sensacional aventura de fé e sacrifício, foi construída uma modesta sede própria (15 m2 ). Eram duas pequenas e apertadas salas. Em uma delas o “estúdio” de gravações equipado com aparelhos doados ou adquiridos com muito sacrifício. Em junho de 1992 foi inaugurada a ampliação do prédio (agora com quase 100 m2 ).
Em 1984 começava a surgir a Rede Maranatha de Programas em Rádio com o objetivo de ajudar outras pessoas que dispunham de espaço em emissoras de suas cidades, mas careciam de recursos técnicos ou humanos para produzir e apresentar um programa radiofônico.
Hoje, a Rede Maranatha de Comunicação produz outros programas que vão ao ar em emissoras de todos os Estados do Brasil e vários países do mundo. São cerca de 10 mil programas veiculados mensalmente.
O começo foi muito difícil. A emissora está localizada na vizinha cidade de Tenente Portela. São 18 quilômetros . A estrada não era asfaltada na época. O trajeto era feito de bicicleta, lambreta, a pé e “até” de automóvel… No domingo o único ônibus passava por Miraguaí às 9:30 da manhã. Às dez, Amilton já estava na rádio. Esperava então até às 16:30 para apresentar o programa ao vivo. Depois do programa, só carona… O último ônibus de volta já saíra às 14:30.
Seis meses depois do primeiro programa “A Voz da Mocidade” ganhou novo horário, 12:30 de todos os domingos. Já não eram mais 15 minutos. Os trinta minutos eram aproveitados criteriosamente. Facilitou muito! Dobrou a audiência e diminuíram também os problemas de transporte.
Por falar em problemas, o maior deles era o pagamento das irradiações. Primeiro a Golden Cross patrocinou. Depois alguns membros da igreja (Nelsindo Martins, Irmãos Calson e Altamiro Souza). Várias vezes o programa ficou ameaçado de parar por absoluta falta de recursos. Em uma das ocasiões o jovem Antônio Tossin, recém-casado e de poucos recursos financeiros, doou metade de seu patrimônio: uma das duas vacas de leite que ganhara do pai ao casar. Foi vendida para o pagamento das irradiações. Anélia Pires, uma velhinha simpática, hoje falecida, foi a responsável pela maior oferta de cada mês, durante um ano: vinte cruzeiros!
A semente de mostarda continua crescendo. Graças ao bondoso Deus e ajuda de vários pequenos e grandes colaboradores. Centenas e centenas de pessoas aceitaram a Jesus como Salvador pessoal e foram batizadas! Milhares têm o privilégio de ouvir as boas notícias do Reino através dos programas produzidos pela Rede Maranatha. No coração de cada pioneiro deste empreendimento evangelístico está a certeza: “Aqui chegamos pela fé. E, continuaremos, sendo esta a soberana vontade do Pai celestial”.
Fonte: www.redemaranatha.com.br
VEJA TAMBÉM
Nenhum comentário:
Postar um comentário