segunda-feira, 11 de abril de 2011

CENTRO WHITE DA CONFERÊNCIA GERAL PUBLICA RESPOSTA SOBRE BATERIA

O Dr. William Fagal, diretor do White Estate da Conferência Geral e Diretor Geral de todos os Centros White em todo o mundo recentemente publicou em 2010 um livro intitulado "101 Respostas Sobre Ellen White e Seus Escritos" (Pacific Press, 2010).

Esse livro está sendo traduzido para o português para publicação pela Casa Publicadora Brasileira em breve.

Nesse material, o Dr. Fagal responde à pergunta: "Há algo de errado com o uso da bateria/percussão?" na visão de Ellen White?

O Dr. Fagal responde:

"Quando fiz faculdade dos anos 60, tocava na banda do colégio. Saíamos em excursões e até tocávamos em cultos no sábado de manhã. Algumas das peças sacras que tocávamos incluía uma caixa, um surdo, tímpanos e pratos [partes da bateria]. Eu ainda lembro que tocamos um arranjo do "Ó Cristãos Avante," por exemplo, em que a caixa ajudava a prover a idéia da marcha. Não havia nada irreverente ou inapropriado nisso, em minha opinião. A música era sacra e dignificada. Além disso, me lembro que até o Messias de Händel usa o tímpano. Então, em minha opinião, o problema não é a bateria/percussão, mas como são  usados." (p. 89).

É interessante que essa é a mesma conclusão a que eu cheguei, via vários outros teólogos adventistas, no meu artigo  "Ellen White Era Contra a Bateria na Música Sacra?". Respondendo à pergunta título do artigo, eu conclui que:

"... podemos responder a pergunta com ‘sim’ e ‘não’. Ela [Ellen White] seria sim contra a bateria (e qualquer instrumento musical) se esta se tornar um fim em si mesma na música e no culto, causando “ruído e confusão”, auxiliando um culto e música caóticos que se tornam um “choque aos sentidos” e um “laço” nas mãos de Satanás para promover heresias carismáticas e tudo o que é “estranho” na adoração.

Ou ela não seria contra a bateria ou percussão em geral se estas forem usadas em obediência ao convite dos Salmo 149 e 150 para que instrumentos sejam tocados de maneira hábil, como parte de um contexto musical equilibrado, onde os instrumentos, cantores e congregação participam em “espírito e em verdade”, “com entendimento”, facilitando assim um louvor contrito e ao mesmo tempo exultante e “energético” a Deus." (p. 11).

Que esse equilíbrio nos ajude a continuar a oferecer um louvor em "espírito e em verdade" ao nosso Senhor!

Um abraço,
André Reis


Um comentário:

  1. Mais uma vez o articulista tenta usar um argumento descontextualizado do Pr. Bill Fagal para justificar suas ideias com respeito ao uso da bateria no culto adventista colocando uma instituição contra a outra. Porém, ao ler o texto, podemos concluir que o Pr. Bill Fagal faz menção à percussão sinfônica e não à bateria (drummset). É notório lembrar que ambos elementos possuem papéis e funções bem diferentes um do outro. Na conclusão de sua resposta sobre o uso da bateria, o Pr. Fagal afirma que “O tipo de música hoje usada em algumas igrejas pode não ser exatamente o mesmo usado ali (Indiana), mas muitas coisas parecem ser semelhantes. Canções de dança com letra sacra, música tocada em alto volume, a busca de emoções e a influência oriunda de pensamentos teológicos estranhos aos ensinamentos adventistas são algumas coisas que vêm à mente. Além do mais, as apresentações desse tipo de música tendem a obter aplauso para o músico – como nos shows de puro entretenimento – em vez de uma apreciação para com Deus. É isso, e não o tipo de instrumentos utilizados, que me parece ser o real problema. Se resolvermos isso, não encontraremos muito tempo para discutir se a bateria é apropriada. Acho que a questão se resolve por si mesma.” (William Fagal, "101 Questions About Ellen White And Her Writings, p. 89-91).

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