Em Niterói, RJ, moradores e turistas
foram surpreendidos na tarde de sábado, 24 de agosto, quando passaram pela orla
de Icaraí e se depararam com uma manifestação pra lá de pacífica!
Aproximadamente mil pessoas foram divididas em grupos a partir do Museu de Arte
Contemporânea (MAC) até o final de quase dois quilômetros da praia. Setenta
faixas medindo 4 x 1,4 metros foram posicionadas estrategicamente para que
motoristas e pedestres pudessem visualizar palavras e imagens chocantes
alusivas a diversos tipos de violência contra a mulher, a criança e o idoso.
Os distritos de Niterói, Fonseca,
Itaipu, São Gonçalo e Alcântara se uniram às equipes da Associação Rio
Fluminense (ARF) e União Sudeste Brasileira (USeB) e quebraram o silêncio com a
distribuição de 60 mil folhetos, 16 mil revistas. Quase 2 mil balões foram
distribuídos para as crianças e os jovens ofereceram abraços em troca de
sorrisos.
Para o pastor Gustavo Schumann,
presidente da ARF e organizador do ato, “reunir tantas pessoas em Icaraí com
esse objetivo é a realização de um sonho. De forma bem organizada e espiritual,
esse movimento abrirá as portas para projetos ainda maiores na região.”
Várias pessoas fizeram questão de
registrar seu apoio assinando a petição que visa tornar 24 de agosto o Dia
Oficial Contra a Violência. A psicóloga Mariza Batista ficou admirada com o
projeto. Para ela esse trabalho é de grande valor. “Nós estamos precisando
demais de movimentos como esse. Só assim poderemos conscientizar a população e
ter o apoio dela para conter a violência.”
A responsável pelo projeto em toda a
UseB, Sara Lima, disse que esta data é muito esperada pelo Ministério da
Mulher. Toda a América do Sul se mobiliza de diferentes formas para pregar a
mesma mensagem. “A comunidade precisa nos conhecer como aqueles que querem a paz
e o amor entre a família e a sociedade”, enfatiza.
O Rio de Janeiro é um dos estados
com maior número de atendimentos a mulheres vítimas de violência. Segundo o
Instituto de Segurança Pública, no 1º trimestre de 2013 houve um crescimento de
36% no numero de estupros em relação ao mesmo período no ano passado.
De todas as ocorrências registradas
por mês nas delegacias do estado, cerca de 40% são de agressão infantil. Esses
números ainda são muito menores do que os casos que realmente acontecem, mas
nos últimos anos as denúncias têm aumentado muito graças a conscientizações
como essas.
Texto: Equipe ASN, Artur Buitrago e
Tatiana Buitrago. Fotos: Osimar Fonseca
Fonte: www.noticias.adventistas.org
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